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Tempestades destruidoras, secas, El Niño, enchentes, ventanias, ondas de calor e de frio existem em nosso planeta há milhões de anos. Mas tudo isso está ocorrendo muito mais facilmente, com maior frequência, de forma mais intensa.
Planeta está virando bomba climática. Aquecimento do oceano e da atmosfera aumentam eventos meteorológicos extremos (Foto: Getty Images)
Tecnicamente não é a primeira e nem será a última vez que o Rio Grande do Sul terá volumes de chuva excepcionais como os observados no fim de abril e na primeira quinzena de maio de 2024.
Por sua localização geográfica, pela configuração da América do Sul, o Rio Grande do Sul é um estado que foi, é e sempre será uma região sujeita a eventos meteorológicos extremos e em quantidade de vezes maior do que outros estados brasileiros.
Tragédias como a do Rio Grande do Sul na primavera de 2023 e no outono de 2024 podem se repetir e ainda piores nas próximas décadas porque nosso planeta está virando uma bomba climática.
Imagine que a atmosfera e os oceanos são fornos. O termostato destes fornos, o “botão de controle” do aquecimento planetário parece que desregulou. Tem conserto? Qual o impacto desse excesso de calor que estamos vendo no mar e no ar?
Na conversa com a meteorologista Josélia Pegorim, o professor Carlos Nobre, um dos maiores Climatologistas da atualidade, explica as consequências do superaquecimento da atmosfera e dos oceanos.