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Foto: Furacão Catarina em 27/03/2004
Há vários tipos de ciclone: os tropicais, subtropicais e extratropicais. Embora sejam sistemas diferentes, todos estão relacionados com as grandes nuvens carregadas que provocam chuva forte.
Você sabe o que é um ciclone?
Ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica na qual os ventos se movimentam no sentido horário, no Hemisfério Sul, fazendo com que haja convergência dos ventos a partir de seu centro(área de menor pressão). Quando o ciclone está em superfície, o seu centro é uma área onde normalmente o ar quente e úmido sobe, favorecendo a formação de nuvens. No Hemisfério Norte, os ventos se movimentam no sentindo contrário, anti-horário.
Quais as diferenças entre tropical, subtropical e extratropical?
A principal diferença prática, para previsão do tempo, entre estes dois tipos, é que o ciclone extratropical possui regiões de frente fria e frente quente, causando padrões de tempo distintos nessas duas regiões. Os ciclones subtropical e tropical não têm frente fria associada.
Nas imagens de satélite, os ciclones subtropicais e tropicais aparecem como uma massa de nuvens em formato arredondado. Os ciclones extratropicais aparentam ser uma espiral. Os tropicais têm uma forma aparente ainda mais arredondada do que um ciclone subtropical.
Ciclone extratropical
Os ciclones extratropicais estão, em geral, associados com as frentes frias. É um ciclone que se origina fora da área dos trópicos. Geralmente considerado como um ciclone migratório encontrado nas médias e altas latitudes. Também chamado tempestade extratropical.
Ciclone subtropical
O subtropical é um ciclone intermediário, ou seja, está entre o tropical e o extratropical, por esse motivo tem características de ambos. Apesar de não ter um olho definido, tem a formação de grandes nuvens de temporais por conta da presença de águas quentes do oceano. Ele pode ou não ter uma frente fria associada e se forma nas regiões chamadas de subtrópico.
Ciclone tropical
Ciclone tropical é um ciclone que se desenvolve sobre as águas tropicais, devido às altas temperaturas e alta umidade, que se movimenta de forma circular
organizada. Dependendo dos ventos de sustentação da superfície, o fenômeno
pode ser classificado como perturbação tropical, depressão tropical, tempestade
tropical, furacão ou tufão.
Como é definido o tipo de ciclone?
A temperatura do interior define o tipo de ciclone. Uma das diferenças mais importantes entre os ciclones tropicais, subtropicais e extratropicais é a temperatura no seu centro. Próximo da superfície, o centro dos ciclones extratropicais é mais frio do que atmosfera ao redor, enquanto que o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor. Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para ocorrência de tempestades severas.
Como se mede o tamanho dos ciclones?
Os ciclones subtropicais têm tamanho horizontal menor do que os extratropicais e podem causar condições de tempo severo em regiões localizadas. Os subtropicais, em geral provocam volumes de chuva e ventos mais elevados do que os extratropicais. Os ciclones tropicais podem variar muito de tamanho.
Diferenças na variação da pressão com a altitude
Todos os ciclones acontecem em regiões da atmosfera onde ocorre uma acentuada queda da pressão do ar. Uma característica marcante dos ciclones subtropicais e tropicais é que os núcleos de baixa pressão em diferentes níveis da atmosfera ficam sobrepostos, como se estivessem “empilhados” um sobre o outro, desde a superfície até níveis mais altos da atmosfera.
O "giro" do ciclone próximo da superfície está alinhado com o giro que ocorre a 3 km de altura, e também com o giro que ocorre a 5 km de altura, e assim sucessivamente. Os centros de baixa pressão dos ciclones extratropicais, por outro lado, não são alinhados na vertical. As áreas de baixa pressão em altitude ficam deslocadas para leste em relação ao centro de baixa em superfície.
Onde os ciclones se formam?
Cada tipo de ciclone tem uma região preferencial de formação no globo. Os tropicais em geral se formam na faixa de latitude entre 20° ao sul (20°S) e 20° de latitude norte (20°N). Entre 20° e 30°, nos dois hemisférios, podemos ter a formação dos ciclones tropicais, subtropicais e também extratropicais. Nas latitudes maiores do que 30°S e 30°N temos apenas os ciclones extratropicais. No Hemisfério Sul, a Antártica é "mãe", isto é, a região de formação de quase todas as frentes frias e dos ciclones extratropicais associados a cada uma delas.
Por que os ciclones tropicais e subtropicais são raros no Brasil, no Atlântico Sul?
Ciclones subtropicais e tropicais precisam de três ingredientes básicos para a sua formação: alta temperatura da superfície do mar, muita umidade próximo da superfície, e um ciclone frio ocorrendo também nos médios níveis da atmosfera (em cerca de 5 km de altura). Não é sempre que a temperatura da superfície do mar está suficientemente alta, não é sempre que existe umidade suficiente na região e não é sempre que um ciclone frio ocorre a 5 km de altura. Então, a ocorrência desses 3 fatores, ao mesmo tempo, e em posições favoráveis, não é muito comum. Por isso estes sistemas são raros.
Já os ciclones extratropicais, por outro lado, são bem comuns porque seus ingredientes fundamentais (variação de temperatura na horizontal perto da superfície e frentes frias ocorrem constantemente na atmosfera.
Furacão Catarina
Nas imagens de satélite, os ciclones subtropicais e tropicais aparecem como uma massa de nuvens em formato arredondado. Os ciclones extratropicais aparentam ser uma espiral. Os tropicais têm uma forma aparente ainda mais arredondada do que um ciclone subtropical.
Catarina foi um ciclone tropical e o primeiro furacão que se formou no Atlântico Sul e atuou entre 24 e 28 de março de 2004.