Granizada em Brasília e enorme nuvem tabuleiro em Mato Grosso

Com grande disponibilidade de umidade e calor e a circulação de ventos ajudando, enormes nuvens de tempestade estão se formando esta semana em vários estados brasileiros. Na Região Centro-Oeste, o novo temporal da terça-feira, 26 de janeiro, veio com granizada. No norte de Mato Grosso, em Nova Bandeirantes, uma enorme nuvem  tabuleiro invadiu o céu.

Granizada em Brasília

Pelo segundo dia consecutivo, a região de Brasília teve fortes temporais, mas na tarde da terça-feira, 26, a chuva veio com grandes pedras de gelo.

Segundo o INMET - Instituto Nacional de Meteorologia - choveu cerca de 53 mm em 2 horas em uma região de Brasília. Em Gama, outro município do Distrito Federal foram quase 38 mm em apenas 1 hora. O temporal da tarde da segunda, 25 de janeiro, deixou 78 mm sobre Brasília.

O total de chuva acumulado em janeiro, até 9 horas do dia 26, pela medição convencional do INMET foi de 189,5 mm, sendo que a média histórica para este mês é de aproximadamente 213 mm.

Há risco de chuva forte nestas quarta-feira no Distrito Federal, mas entre quinta-feira e o domingo, o tempo seca e a chance de chover será muito baixa.

Brasília (DF), granizada por Laiz Cristina Rodrigues Mello

Brasília (DF), por Laiz Cristina Rodrigues Mello

Nuvem tabuleiro em Nova Bandeirantes (MT)

Uma combinação especial da circulação dos ventos em diversos níveis de atmosfera permitiu a formação da nuvens do tipo "nuvem arco"  sobre o  norte de Mato Grosso, em Nova Bandeirantes.

Nuvens muito carregadas cresceram no norte de MT em 26/1/2021

Houve a formação da chamada "nuvem tabuleiro" (shelf cloud, em inglês). Este tipo de nuvem tem um aspecto assustador e inconfundível. Além de muito extensa e em forma de arco, uma espécie de "degrau" se origina na base da densa massa de nuvem parecendo um platô, um tabuleiro.  Conforme o ângulo em que se vê a grande shelf cloud é possível visualizar várias camadas da nuvem, como se fosse degraus em diferentes níveis.

Este tipo de nebulosidade normalmente antecede temporais violentos e sua aproximação é sentida com fortíssimas rajadas de vento.